Rios do Sertão de Alagoas voltaram a secar após período chuvoso

01 nov 2017 - 10:00


Equipe realizando coleta no rio Canapi (Foto: Assessoria)

Depois do período chuvoso nos meses de junho e julho, os rios que cortam os Segmentos 1 e 2 da BR-316/AL voltaram a secar. Esta é a conclusão do Programa de Monitoramento de Corpos Hídricos (PMHC) após a coleta de amostras para a 4ª campanha que monitora a qualidade das águas superficiais dos corpos hídricos passíveis de sofrer alterações por conta da implantação e pavimentação da rodovia.

A ação da equipe que integra a Gestão Ambiental da BR-316/AL, executada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), é uma forma de controlar e, consequentemente, minimizar a contaminação gerada pelo empreendimento nos pontos d’água da região.

Dos oito corpos hídricos monitorados pelo PMCH, somente dois estavam com água. São eles: os rios Canapi e Arroio Alagoinha. Na campanha anterior, por exemplo, no mês de julho, foram feitas coletas em quatro pontos d’água. No total, são 16 pontos de amostragem, já que em cada rio ou riacho são coletadas duas amostras – a montante, parte onde nasce o rio, e a jusante, lado para que se direciona a corrente da água.

“Constatamos que alguns pontos d’água estão secos, como o rio Moxotó e riacho Gravatá, que em julho estavam com água. Além disso, as amostras coletadas durante esta 4ª campanha podem apresentar qualidade inferior por conta da estiagem. A presença de chuva acarreta na diluição dos contaminantes” enfatiza Paula Assemany, engenheira ambiental responsável pelo monitoramento.

A equipe, formada por engenheira ambiental e auxiliar de campo, faz análise de variáveis como pH (que mede acidez da água), temperatura, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, turbidez, metais, nutrientes, organismos patogênicos (microbiológicos) e sólidos – que geralmente é o principal impacto da rodovia.

Parte das variáveis foi analisada em campo com uma Sonda Multiparâmetro, equipamento medidor da qualidade da água. Outra parte das variáveis foi encaminhada para avaliação de um laboratório, em Maceió.

São 47,76 quilômetros de obra nos Segmentos 1 e 2 da BR-316/AL, que começa na divisa com o Estado do Pernambuco, na ponte sobre o rio Moxotó, até chegar na intersecção com a rodovia BR-423/AL, no distrito de Carié – atravessando os municípios de Mata Grande e Canapi. O empreendimento é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Além do PMCH, outros 12 programas ambientais integram a Gestão Ambiental da BR-316/AL com o intuito de mitigar os danos causados pela obra de Implantação e Pavimentação. O empreendimento segue os preceitos da Política Ambiental do Ministério dos Transportes e as medidas de compensação exigidas pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Da Assessoria / Gestão Ambiental da BR-316/AL

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