Sobre Clerisvaldo Chagas

Romancista, historiador, poeta, cronista. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano.


MEMORIAL RIO IPANEMA

23 outubro 2017


RIO IPANEMA EM AGOSTO DE 2017 (Foto: Clerisvaldo b. Chagas)

Mais uma vez vamos batendo na tecla referente ao rio Ipanema que conquistou o seu dia no calendário anual do município. Precisamos preservar a história do Panema desde a descoberta da sua foz no Século XVII. Nada mais justo, portanto, do que a construção do seu memorial Geo-Histórico e de Artes no prédio do antigo Matadouro Otacílio Bezerra, no Bairro Barragem.

Levando-se em conta que o local está condenado para continuar matadouro, a dimensão do prédio, o curral e seus arredores, podem ser transformados em museu com uma boa reforma arquitetônica, moderna e avançada. Honra-se assim a história do rio e do povo ribeirinho desde as nascentes, em Pesqueira (Pernambuco) a Belo Monte (Alagoas).

Ali conservaríamos para estas e as gerações futuras, todo o material de tradição do rio. Utensílios de pesca (tarrafa, litro, anzol, covos); restos das antigas canoas; artesanato (chapéu de palha e couro, ex-votos, caçuás, cangalhas, ancoretas, casa de taipa, cerâmica indígena, objetos usados na construção das pontes, da barragem…) E inúmeros outros objetos que as técnicas avançadas conseguem fazer com os museus dinâmicos.

O rio que fez nascerem em Alagoas importantes cidades como Santana do Ipanema, Poço das Trincheiras, Batalha e inúmeros povoados, precisa ser reconhecido, além do seu dia, com um Memorial à altura que seja um grandioso marco na cultura de Santana para toda a juventude estudiosa, turistas e pesquisadores.

E por falar em Museu, o antigo deveria ser reconstruído como casarão histórico (réplica) em outro local para desobstruir o centro, que não suporta mais a falta de espaço com o museu em lugar, hoje, impróprio. O casarão é histórico, mas nem tão histórico assim.

Voltando ao Memorial Rio Ipanema, O prefeito anterior prometeu, como resposta aos projetos da AGRIPA, mas não chegou junto com a transformação do matadouro em memorial, com a Estação Meteorológica, vizinha e, com uma estação de mudas para reflorestar nossas matas.

Acreditar mais em quem? É… Talvez o Guimarães (Facebook) esteja mesmo certo: “melhor é olhar estrelas”, aprender sobre Astronomia, Física e Poesia é menos complicado de que entender autoridades perras.

Clerisvaldo B. Chagas, 23 de outubro de 2017

Crônica 1.764 – Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

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