Índice de endividamento se eleva no mês de maio em Maceió

20 jun 2014 - 09:25


Apesar do aumento, média anual de inadimplência está abaixo da média de 2013.

Foto: Ilustração

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O nível de endividamento do consumidor da capital alagoana se elevou pelo quarto mês consecutivo em maio. Os dados são da pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e análise do Instituto Fecomércio AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD).

O Índice de Endividamento do Consumidor (IEC), na capital alagoana, cresceu 2% em maio se comparado a abril, subindo de 71,2% para 72,6%. Apesar de crescer novamente, sua variação em maio com relação a abril foi menor que a verificada entre abril e março (3,3%), demonstrando uma desaceleração no ritmo de endividamento do consumidor. O percentual de consumidores com dívidas atrasadas apresentou novo crescimento, atingindo 23,6% dos entrevistados, uma evolução de 9,8% se comparado ao mês anterior.

Comparando maio deste ano com o mesmo período do ano passado, o IEC é 8% menor que o registrado em 2013 (72,6% contra 78,5%), continuando abaixo do nível registrado ano passado. Já a taxa de consumidores com dívidas atrasadas é 9% menor em 2014. Na média, 2014 alcançou 21,8%, contra 29,2% verificados em todo ano de 2013.

Por sua vez, a taxa de inadimplência também cresceu em maio. O quinto mês do ano alcançou 5,7% contra 5,4% registrados em abril, portanto uma elevação de 5,6% neste índice. Comparando este mesmo mês no ano passado, o resultado foi bem melhor, atingindo 5,7%, em 2014, contra 6,7%, em 2013. Na média, no ano da Copa no Mundo no Brasil a taxa de inadimplência atinge 5,3%, contra 7,8% registrada em 2013.

O cartão de crédito lidera o tipo de dívida mais comum entre os consumidores da capital alagoana (85,9%), seguido dos carnês de lojas (10,6%) e financiamento de casa (6,3%).

As famílias que ganham mais de dez salários mínimos foram as que mais utilizaram e se endividaram com cartões de crédito, 86% dos pesquisados. Com exceção das dívidas com carnês de lojas, em todas as demais modalidades de endividamento, são as famílias com maior poder aquisitivo que lideram estes índices.

ANÁLISE

Segundo o Instituto Fecomércio AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), os números gerais do endividamento do consumidor da capital alagoana ainda continuam melhores que ano passado. Eles se elevaram em relação a abril em decorrência do Dia das Mães, quando muitos consumidores saem às compras no comércio local e também fazem uso dos serviços como restaurantes. Portanto, os dados não indicam motivos para grandes preocupações por parte tanto dos comerciantes quanto dos consumidores em geral.

Considerando o limite prudencial de 30% da renda que deve ser comprometida com dívidas, na média, a família da capital alagoana conseguiu ficar um pouco acima (32,7%). Em maio, as famílias que mais comprometeram renda com pagamento de dívidas e encargos foram as que ganharam mais de dez salários mínimos (33,8%). A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/ifepd/.

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