Um novo ano iniciou. Alagoas já celebrou 200 anos de emancipação política. No entanto, as comemorações pelo seu bicentenário continuam. Durante todo o mês de janeiro, das 8h às 18h, no térreo do Palácio República dos Palmares, no centro de Maceió, está acontecendo a exposição “Nos veios da Memória”, dos mestres da xilogravura do Estado, Enéas Tavares, Luiz Natividade, João Gomes de Sá e João Martins.
A finalidade do projeto é valorizar a xilogravura e os mestres locais na preservação dessa arte em Alagoas.Parte do acervo exposto, pertence ao Arquivo Público de Alagoas (APA), e a ideia dos integrantes da Comissão Mista Especial do Bicentenário, pertencente ao Gabinete Civil do Estado é que a exposição seja itinerante.
“Queremos que esses trabalhos sejam expostos em diversos órgãos governamentais. Porque sabemos que qualquer ação que reforça nossa identidade cultural é válida. Levar para as secretarias, amplia e multiplica o conhecimento, fomenta possíveis apoios, além de valorizar espaços públicos, com expressiva manifestação da cultura popular nordestina,” ressaltou o secretário de Estado da Comunicação, Enio Lins, que integra a Comissão Mista Especial do Bicentenário.
Entenda a Xilogravura
A xilogravura é uma técnica milenar, de origem chinesa que ganhou força no Brasil e se tornou muito popular na região Nordeste, onde estão os mais renomados xilogravadores do País. Além da forma original, é frequentemente utilizada para ilustração de textos de literatura de cordel, uma vez que alguns cordelistas são, também, xilogravadores ou vice-versa. Por meio do entalhe na madeira, os mestres xilógrafos contam e imprimem histórias de vida que se perpetuam como registro e identidade cultural.
Por Maria Barreiros / Agência Alagoas