Estudantes de Cacimbinhas criam leitor de dinheiro para cegos O modelo tem a função de melhorar a qualidade de vida dos deficientes visuais, dando-lhes maior autonomia

29 jul 2018 - 15:56


Estudantes levaram projeto para SBPC em Maceió (Foto: Reprodução)

Um protótipo capaz de fazer a leitura de cédulas de dinheiro, cujo objetivo principal é o de facilitar, melhorar e dar maior autonomia e qualidade de vida para os deficientes visuais. Esta foi a invenção de três alunos de uma escola estadual localizada no município de Cacimbinhas, no Agreste de Alagoas. O leitor de dinheiro foi destaque na Mostra de Robótica da 70ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), maior evento científico da América Latina que foi encerrado neste sábado (29) e aconteceu na Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

O protótipo funciona com um sensor de cor que mede o nível de RGB presente na cédula. A partir desses dados, é enviado um sinal para o computador, que relaciona a cor a um som. As cédulas possuem um som específico e, a partir dele, o deficiente visual consegue identificar o valor da nota.

Os estudantes responsáveis por criar o protótipo foram Anielly Carolainy Alves Amorim, Daniela Rayane Candida da Silva e José Ueslley Silva Santos, orientados pelo professor Jenivaldo Lisboa de Araújo, todos da Escola Estadual Muniz Falcão. O modelo foi criado durante as aulas de robótica desenvolvidas na escola da rede pública, que contemplam estudantes do ensino médio interessados pelas áreas de eletrônicas e de tecnologia.

Essa é a primeira participação dos alunos em uma reunião anual da SBPC. “É muito importante estar presente na Mostra de Robótica, pois além de acrescentar no currículo, nós temos a chance de divulgar nosso trabalho em um evento que tem pessoas de todas as partes do país” revela Daniela Rayane Candida. Depois da SBPC Alagoas, o objetivo é conseguir transformar essa proposta em uma luva, para facilitar o manuseio das notas.

As aulas de robótica oferecidas nas escolas públicas do estado têm despertado interesse por cursos referentes à área. “Quero fazer engenharia da computação, pois sou apaixonada por essa área da robótica. Vejo esse curso como uma oportunidade de levar adiante o protótipo de leitor de dinheiro, que é um projeto muito bom e facilitaria a vida dos usuários”, certifica a estudante Anielly Carolainy.

Por OP9 com Agencias

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