Crise hídrica e energética serão temas da sessão plenária na Câmara

02 mar 2015 - 19:00


Encontro pode abrir caminhos para a melhoria do abastecimento nos municípios alagoanos. (Foto: Divulgação)

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Apesar de deter 12% da água doce do planeta e abrigar grandes bacias hidrográficas, inclusive a maior do mundo – do rio Amazonas, o Brasil enfrente crise hídrica e energética. Para debater a situação, a Câmara dos Deputados promove sessão no Plenário com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e outros convidados nesta quarta-feira, 4 de março, a partir das 9h30.

São Paulo, e diversos outros Estados, tem enfrentado sérios problemas de abastecimento, inclusive medidas de racionamento já estão sendo tomadas pelo poder público. O baixo volume de águas no sistema Cantareira, em São Paulo, preocupa as autoridades e os moradores. O Cantareira registrou aumento, com ocorrência de chuvas, e estava com 11,1% da capacidade, no último dia 26. Em 1.º de fevereiro, o nível estava em 5%. No entanto, o porcentual ainda crítico, pois inclui duas cotas de volume morto.

Outra preocupação é com a situação do sistema elétrico brasileiro. Em janeiro, um apagão atingiu dez Estados e o Distrito Federal e trouxe transtornos à população. Parlamentares da oposição e da base aliada divergem sobre a responsabilidade do governo. Segundo o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), a concessão de descontos na conta de luz em maio de 2013 foi um ato irresponsável da presidente da República, Dilma Rousseff. “Quando deveria estar pedindo ao povo para poupar energia, ela fez o contrário: estimulou o gasto de energia. Isso é de uma irresponsabilidade total”, criticou

Requerimento

Diante do cenário, a ideia de discutir a crise hídrica e energética em Plenário surgiu de requerimento do PV e do Psol, e contou com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. “A falta de água afeta uma grande população da Região Sudeste neste momento. Há causas que precisam ser debatidas”, disse Cunha.

Em debates anteriores na Câmara, deputados e especialistas destacaram, entre outras medidas, a necessidade de melhorar gestão dos recursos hídricos no País. Além do ministro de Minas e Energia, poderão ser ouvidos na comissão geral especialistas e representantes de Agência Nacional de Águas (ANA); e da Secretaria de Recursos Hídricos de São Paulo (Sabesp); entre outros.

Da Agência CNM, com informações da Agência Câmara

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