Três meninas se haviam na praça da igrejinha. Amanda, Jéssica e Veridiana. A um só tempo falavam, falas de meninas tenras. Dos poucos mais de dois lustros de vida confabulavam. De como umas as outras, achavam que estavam ficando, feias, deformadas. E que logo, logo, de tanto caírem-lhes os cabelos ficariam carecas. Do ódio às espinhas que mesmo sem terem sido chamadas se lhes vinham. Dos esmaltes da mamãe que roídos descascavam. Do devotado amor ao chocolate. E de meninos chatos que só queriam saber de futebol. Tudo que emitisse algum reflexo, às suas voltas, acabava virando espelho. E o que mais entendiam era que todas as coisas do mundo deviam render graças as suas existências.
“Eu fui no Itororó beber água e não achei
Achei bela morena que no Itororó deixei”
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