Blockbusters do cinema são alguns dos destaques no estande (Foto: Divulgação)
Quem vem à uma Bienal de livros está em busca, principalmente, de novidades das editoras e de publicações variadas, ou seja, de viajar pelo mundo das letras. Mas a Bienal desse ano, como diz o tema, quer abordar todo o universo de sentidos.
Passeando pelos corredores, é possível encontrar muito mais que livros. Um dos estandes que chama a atenção é o da Tertúlia, produtos culturais. São camisetas estampadas com imagens de escritores, músicos, artistas plásticos, e ainda com frases de músicas e poesias. Também tem quadros, cartões, caixas decoradas e outros itens.
O expositor, Alex Moraes, é professor de artes. Ao se afastar da sala de aula, essa foi a forma que ele encontrou de divulgar manifestações artísticas por todos os lados. “Nossa proposta é tirar a literatura e a poesia da prateleira e colocar nos objetos do cotidiano. A Bienal é um ótimo lugar para encontrar pessoas que gostam dos nossos produtos”, destaca.
Alex defende uma arte panfletária, que possa ser exposta em qualquer lugar. “Tenho clientes que não conheciam a poesia da Florbela Espanca, outros que achavam que as poesias de Camões eram de Renato Russo por causa da música da banda Legião Urbana. Com as nossas estampas, essas pessoas despertaram a curiosidade em conhecer os autores”, garante Moraes.
A tribo dos quadrinhos
Os apaixonados por quadrinhos também encontram um ponto de encontro na Bienal de Alagoas. O estande Comic Land tem tudo para o público de todas as idades que gosta de comprar produtos relacionados aos personagens preferidos. “São bonecos, botons, posters e, principalmente, gibis e mangás”, informa Luana Lins, expositora.
As pessoas que colecionam quadrinhos, também gostam de se encontrar e conversar sobre as histórias e lançamentos de filmes. “Por isso, quando tem uma loja voltada para esse tema, ela sempre atrai os fãs mais apaixonados, que formam comunidades virtuais ou vão a eventos voltados para esse tipo de literatura”, relaciona a expositora.
Artesanato solidário
As artesãs alagoanas também encontraram uma forma de conquistar o público leitor. “Adaptamos nosso artesanato para os produtos mais didáticos, como cadernos customizados, canetas coloridas e bem enfeitadas, peças de madeira com formados diferentes para guardar lápis coloridos, etc”, informa Marina Golçalves, expositora dos estande de Economia Solidária.
Artesanato também tem espaço na Bienal em Alagoas (Foto: Divulgação)
As artesãs formaram uma cooperativa, com o apoio da Prefeitura, do Governo do Estado e do projeto Unitrabalho da Ufal. “Nossa cooperativa é uma maneira de garantir renda para mulheres talentosas que estavam fora do mercado de trabalho. Aqui na Bienal encontramos pessoas que valorizam esse tipo de iniciativa e que gostam dos nossos produtos”, garante Márcia Cristina, artesã.
Da Assessoria Ufal