Alagoas é o estado que possui menos peritos atuando em laboratório forense

27 mar 2017 - 12:52


Enquanto em Alagoas, apenas três peritos dedicam-se aos exames laboratoriais, na Paraíba, 21 especialistas – entre químicos e biólogos – atuam no laboratório forense.

Alagoas possui aproximadamente 60 peritos atuantes (Foto: Assessoria)

Alagoas possui aproximadamente 60 peritos atuantes (Foto: Assessoria)

Números divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que atualmente, Alagoas possui menos de 10% do número ideal de Peritos Oficiais. Isto porque, segundo a estatística divulgada anualmente pela organização, a proporção ideal seria de um perito para cada 5 mil habitantes.

Com população passando dos 3 milhões de habitantes, Alagoas possui aproximadamente 60 peritos atuantes na Perícia Oficial do Estado. De acordo com a ONU, seriam necessários cerca de 600 profissionais, dentre as diversas especializações, para atender a contento toda a demanda do Estado.

“Sabemos que esta indicação da ONU é algo impraticável para os dias de hoje, mas concordamos que o número de profissionais que dispomos é muito inferior ao mínimo necessário”, comentou o presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais em Alagoas (Sinpoal), Paulo Rogério Ferreira. “A convocação da reserva técnica nos proporcionaria o mínimo do acréscimo de profissionais que seriam necessários”, acrescentou.

Um comparativo feito entre Alagoas e outros estados do Nordeste mostra que o número de peritos atuando na área laboratorial, por exemplo, está bem abaixo do necessário. 

Enquanto em Alagoas, apenas três peritos dedicam-se aos exames laboratoriais, na Paraíba, 21 especialistas – entre químicos e biólogos – atuam no laboratório forense. Na Bahia são 32 profissionais distribuídos entre farmacêuticos, químicos e biólogos. Já em Sergipe, menor estado brasileiro, oito profissionais estão dentro dos mesmos padrões dos vizinhos e, segundo informações do sindicato sergipano, esse número aumentará em 10 profissionais, assim que o novo laboratório for entregue. 

“Vale observar que temos profissionais gabaritados para suprir as necessidades laboratoriais que temos hoje, mas eles estão deslocados para outras áreas por falta de pessoal”, explicou Paulo Rogério Ferreira.

Com o novo laboratório forense entregue este mês pelo Governo de Alagoas, a necessidade de profissionais é urgente. “Temos fila de espera para exames importantes, como DNA, que poderiam ser feitos com mais celeridade, caso recebêssemos esse reforço da reserva técnica”, opinou a perita Rosana Coutinho, uma das responsáveis pelo novo laboratório.

Durante a entrega do novo centro de exames no último dia 10, o Sinpoal entregou um documento ao governador Renan Filho onde nele foi citado não só  a necessidade de contratação de profissionais para um melhor aproveitamento do laboratório, como também apresentou outras reivindicações da categoria.

Por Dayane Laet / Assessoria Sinpoal

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